A jornalista e historiadora Lucia Hippolito faleceu, nesta quarta-feira (21), no Rio de Janeiro, aos 72 anos. Há mais de uma década, ela se afastou do trabalho devido a um diagnóstico grave de Síndrome de Guillain-Barré. A notícia da morte veio através da família da comunicadora, por meio das redes sociais.
“Com muita tristeza, anunciamos que Lúcia partiu. Ela lutou bravamente e deixará muitas saudades como nossa grande jornalista e eterna professora”, dizia o comunicado, acompanhado de uma imagem de Lucia no hospital.
A batalha de Lucia Hippolito contra a Síndrome de Guillain-Barré começou em abril de 2012, quando ela estava em viagem à França. Assim sendo, ela percebeu que suas pernas não se moviam ao tentar se levantar da cama.
Após uma ida a um hospital, Lucia recebeu o diagnóstico dessa rara doença autoimune, que ataca as células do sistema nervoso, podendo levar à paralisia muscular, dificuldades respiratórias e de deglutição.
Segundo informações da rádio CBN, Lucia estava tratando um câncer no Hospital Samaritano do Rio de Janeiro na época. A jornalista passou por uma cirurgia para remover um tumor no útero no ano anterior, mas a doença acabou se espalhando para o pulmão.
Vida e carreira de Lucia Hippolito
Paulista de Bauru, Lucia Hippolito construiu uma carreira notável como jornalista e historiadora. Em 2002, tornou-se comentarista da CBN, onde se destacou por suas opiniões sobre política. Além disso, publicou os livros “De raposas e reformistas: o PSD e a experiência democrática brasileira (1945-64)” e “Por dentro do governo Lula: Anotações num diário de bordo”.
Na televisão aberta, ganhou destaque por suas participações no quadro de debates “Meninas do Jô”, do extinto “Programa do Jô” (TV Globo). Durante 11 anos, compartilhou o palco com Cristiana Lôbo, Ana Maria Tahan, Lillian Witte Fibe e outras.
Além disso, Lucia Hippolito foi casada com o professor Edgar Flexa Ribeiro, ex-presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Particular do Rio de Janeiro.
