Aline Borges, que interpreta a personagem Zuleica em “Pantanal”, fez um comentário crítico em torno de seus constantes papéis de empregada nas novelas da Globo. A atriz ainda fez um desabafo sobre a carreira, destacando que nunca desistiu em meio a barreiras, e sobre o racismo.
“Minha primeira novela foi Coração de Estudante (2002), fazendo papel de copeira. Depois Celebridade (2003), como uma empregada. Fiz uma série de participações e personagens estereotipados, sabe?”, relatou em entrevista à revista Quem.
Em meio a dificuldades, a famosa afirma que nunca desistiu de seu sonho em crescer na carreira, apesar de muitos desacreditarem. “Nunca parei, sempre fiz teatro, fiz teatro de rua, viajei com teatro. Sempre acreditei na minha carreira e investi nela. Não venho de família com tradição artística. Meus pais nunca botaram fé na minha profissão.”
“É poderoso acreditar nos sonhos. Não fui ensinada a acreditar neles. Depois de reconhecer minha negritude e me reconectar com minha ancestralidade, percebi minha potência”, continuou.
A artista ainda contou que durante a juventude teve problemas com aparência. “Quando era criança, minha mãe botava pregador no meu nariz para que ele ficasse fino. Isso é uma violência que deixa marcas. Minha mãe não fazia isso sabendo era uma violência. Ela não tinha consciência disso”, opinou.
Com um papel de destaque na principal novela da Globo, ela ainda comentou sobre a importância para a discussão do racismo. “É maravilhoso ter a oportunidade de dar vida a essa personagem, que é uma mulher negra, com uma família preta, numa relação interracial, que é até complicado falar sobre isso no Brasil, onde existe tanto preconceito, tanto julgamento…”, destacou.
Atriz é mordida por jacaré nas gravações de “Pantanal”
Julia Davalia, que interpreta Guta na trama, foi mordida por um jacaré nas gravações da trama da TV Globo. O fato aconteceu enquanto ela tomava banho de rio, onde tomou um susto ao sentir um incômodo no bumbum.
“Era um dia de folga, estava todo mundo curtindo esses primeiros dias de Pantanal. De repente, eu sinto uma mordida na minha bunda. Mas uma boca que não era uma boca de um peixinho nem de um peixe grande. Era uma boca enorme, uma boca de um jacaré. Na hora eu entendi: foi um jacaré! E ele mordeu e soltou”, disse em entrevista a Mônica Bergamo.
